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maio 27, 2011

Wenda poro




Barceló de Carvalho - Bonga





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maio 09, 2011

Madres de Mayo



A las Madres de Mayo
Ismael Serrano

Te busca madre mientras su cuerpo es mecido
por el mar en el que se sumerge dormido.
Sueña tu abrazo, busca recuerdos,
a los que aferrarse para no conciliar el sueño.

El mar se inquieta, es tempestad, lamento.
Quién pudo lanzar mil ángeles desde el cielo?
Y oye tus gritos, blancos pañuelos,
cubren sus aguas, los trajo el viento.
Manda una ola para que se lleve
a los traidores que sembraron tanta muerte.

Barcos y naúfragos oyen sus voces.
Les dicen "Nunca, nunca, olviden nuestros nombres".
Díle a las madres que en algún lado,
donde hace falta, seguimos luchando.

Madre, tu hijo no ha desaparecido.
Madre, que yo lo encontré andando contigo.
Lo veo en tus ojos, lo oígo en tu boca,
y en cada gesto tuyo me nombra.
Lo veo en mis luchas y me acompaña
entre las llamas de cada nueva batalla.

Guían mis manos sus manos fuertes,
hacia el futuro, hasta la victoria siempre.
Guían mis manos sus manos fuertes,
hacia el futuro, hasta la victoria siempre.



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maio 02, 2011

Mãe Velha




MAE VELHA
Nando da Cruz
 
Dibaxo-di bo foguera 
BO cria nôs desse manera
Kbô saia prete kbô lincim 
Bô mostrá nôs oké ke nôs 
Oh mãe oh mãe Oh mãe oh mãe 
oh mãe velha oih 
Mãe velha oih mãe velha 
Tcham cantope esse cançao 
Pa legrope bô coraçao 
Mãe velha mostra nõs 
Munde é fete pa vive 
Tambem ele é fete pa morré 
Pa ama e sofre 
Munde é fete pa vivé 
Munde é fete pa morre 
Munde é fete pa ama 
Tambem pa sofre


MÃE VELHA
 
Debaixo da tua fogueira 
Tu criaste-nos dessa maneira 
Com tua saia preta e teu pequeno lencinho
Mostraste-nos quem nós somos 
Oh mãe, oh mãe
Oh mãe, oh mãe, oh mãe velha oih 
Mãe velha, oih, mãe velha 
Deixa-me cantar-te esta cancão
Para alegrar teu coraçao 
Mãe velha, tu mostraste-nos 
O mundo é feito para viver 
E também para morrer 
Para amar e p'ra sofrer 
O mundo é feito para viver 
O mundo é feito para morrer 
O mundo é feito para armar 
E também para sofrer
 
 
 
 
 

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maio 01, 2011

Vandré




Pra não dizer que não falei das flores
Geraldo Vandré


Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer



 Geraldo Vandré, João Pessoa, Brasil, 12 de setembro de 1935




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