cheirando a guardado

o que fui guardando na memória do gostar ...

março 23, 2010

Brassaï



                    (Brassaï -  Gyula Halász -  09/09/1899 - 08/07/1984)


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março 22, 2010

Resnais

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março 21, 2010

21 de março





Os cães da infância


São os cães da infância os cães dementes
ladrando-me às canelas do passado
cães mordendo-me a vida com os dentes
ferrados no meu sexo atormentado.

Paguei cada minuto do presente
com vergões de amor próprio vergastado
porém só fala quem se não consente
vencido temeroso ou amarrado.

Contra os cães uivo. Não me fico assim.
Não tenho pai nem mãe. Nasci de mim
macho e fêmea gerando o desespero.

Lutar é tudo quanto sou capaz.
Não me pari para viver em paz.
Tudo o que sou é menos do que eu quero.


José Carlos Ary dos Santos




21 de março, Dia Mundial da Poesia.

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março 17, 2010

Hemingway



Hemingway Home & Museum
Open 365 days a year.
From 9:00am to 5:00pm.
907 Whitehead Street,
Key West  FL  33040 U.S.A.
 
"(...) No corredor, junto à porta da sala, havia um caixote com lenha, com que eu alimentava o nosso fogo. Mas não estávamos a pé até muito tarde. Despíamo-nos às escuras no grande quarto de dormir, e depois eu ia abrir as janelas e via a noite e as estrelas frias e os pinheiros debaixo da janela e ia meter-me na cama o mais depressa que podia. Era delicioso estar na cama com o ar tão frio e puro e a noite lá fora. Dormíamos bem, e se eu acordava de noite sabia que era por uma única razão, e estendia por cima de nós um edredão, com muito cuidado, para não acordar Catherine, e tornava a adormecer.  A guerra parecia tão longe como os desafios de futebol de um colégio que não fosse o nosso. Mas eu sabia pelos jornais que se continuava a combater nas montanhas, porque a neve nunca mais vinha. (...)"
(in O Adeus às Armas, Ernest Hemingway)

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março 16, 2010

Coming back to life



Coming Back To Life - Pink Floyd


Where were you when I was burned and broken
While the days slipped by from my window watching
Where were you when I was hurt and I was helpless
Because the things you say and the things you do surround me
While you were hanging yourself on someone else's words
Dying to believe in what you heard
I was staring straight into the shining sun
Lost in thought and lost in time
While the seeds of life and the seeds of change were planted
Outside the rain fell dark and slow
While I pondered on this dangerous but irresistible pastime
I took a heavenly ride through our silence
I knew the moment had arrived
For killing the past and coming back to life
I took a heavenly ride through our silence
I knew the waiting had begun
And headed straight...into the shining sun


(Fábrica de Letras)

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março 14, 2010

Por quem os sinos dobram

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março 11, 2010

Dinamene




Quando de minhas mágoas a comprida
Maginação os olhos me adormece,
Em sonhos aquela alma me aparece
Que para mim foi sonho nesta vida.


Lá numa saudade, onde estendida
A vista pelo campo desfalece,
Corro para ela; e ela então parece
Que mais de mim se alonga, compelida.


Brado: - Não me fujais, sombra benina! -
Ela, os olhos em mim c'um brando pejo,
Como quem diz que já não pode ser;


Torna a fugir-me; e eu gritando: -Dina...
Antes que diga: - mene, acordo, e vejo
Que nem um breve engano posso ter.



Luís de Camões

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Billie

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março 10, 2010

2CV

(Foto de Vadim Demushkin - photoforum.ru)



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Arc de Triomphe

"O carro deslizava mansamente através da noite parisiense. A chuva batia na capota, abafando quase todos os outros ruídos. O Arco do Triunfo emergiu, pardacento, sob o aguaceiro de prata, e desapareceu. Em seguida, os Champs Elysées com suas vitines iluminadas. O Rond Point rescendia a flores e frescura, onda de alegres coloridos em meio ao tumulto das ruas. Vasta como o oceano surgiu a Place de la Concorede, com seus tritões e monstros marinhos. A Rue de Rivoli aproximava-se agora, com suas brilhantes arcadas, qual visão passageira de Veneza, antes de surgir o Louvre, cinzento e imortal, com seu pátio infindável, todas as janelas às escuras. Depois os cais, as pontes, oscilando, irreais, sob a chuva fria. Barcaças, um rebocador com uma luz forte, tão confortadora como se ocultasse atrás de si milhares de casas. O Sena, os boulevards, com autocarros, barulho, gente e lojas. As grades de ferro do Luxembourg, circundando o jardim que lembrava um poema de  Rilke. O Cemitério Montparnasse, silencioso, abandonado. As ruas velhas e estreitas, pegadas umas às outras, casas, praças silenciosas que se abriam de improviso, com árvores, velhas fachadas, igrejas, monumentos tocados pelo tempo. Lâmpadas da rua tremulando na chuva, pissoirs erguendo-se do solo como pequenos fortes, ruas laterais onde havia hoteis em que  se  podia alugar quartos à hora, e, de permeio às ruas do passado, em puro estilo rococó e barroco, as fachadas sorridentes de seus edifícios, as portas na penumbra como nas novelas de Proust...

(...) Ravic procurou um cigarro nos bolsos. Não encontrou um só. Lembrou-se, entretanto, de que havia guardado boa quantidade em sua valise. - Sim, retorquiu ele. É grande a resistência dos seres humanos ...
O veículo seguiu ao longo da Avenue Wagram, ingressando na Place de L´Étoile. Não havia luz em parte alguma. A praça era só trevas. De tão escuro, não se podia ver sequer o Arco do Triunfo".

in Arco do Triunfo, Erich Maria Remarque

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março 08, 2010

Brando

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março 07, 2010

Ray

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